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Eleição do papa tem dossiê, intrigas e fumaça negra. 1k633q

As atenções dos 2,4 bilhões de cristãos – equivalentes a 54% da população da Terra estão apontadas para a Capela Sistina, no Vaticano, onde a quarta-feira começou com missa e, às 11 horas, começou efetivamente o Conclave, que elegerá o novo papa, sucessor de Francisco, morto no ultimo dia 21. Entre os cristãos encontram-se os 1,345 bilhão de católicos – equivalentes a 50% dos adeptos mundiais ao cristanismo), estes diretamente interessados na eleição, pois o escolhido governará a sua Igreja onde professam sua fé.

Os eleitores, que também são candidatos natos, são 133 cardeais, o mais alto posto na hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana, dos quais 108 foram conduzidos ao posto pelo papa Francisco, ao longo dos 12 anos do seu pontificado. Eles vieram de todas as regiões do planeta e permanecerão isolados na Capela até a conclusão do processo de escolha, quando o novo papa será anunciado e apresentado ao Mundo. Ficarão sem o aos meios de comunicação e ficarão impedidos de deixar o lugar.

Sua única tarefa é a busca daquele que será o novo governante da Igreja e mundial da fé católica

Embora haja especulações, oficialmente não existem “candidatos” a papa. Eles sairão das tratativas dos cardeais que, dentro do rito próprio do Conclve, farão quatro votações ao dia (duas pela manhã e duas à tarde) e irão afunilando a lista com a exclusão dos menos votados. Para ser considerado eleito, o escolhido terá de receber 75% dos votos da reunião em que for apontado como vencedor. Enganam-se os que pensam que, por ser uma instituição milenar, a Igreja terá a escolha de seu futuro líder em clima de tranquilidade. Na semana ada, circulou pelo Vaticano e cercanias um dossiê secreto que tenta impor restrições a 20 cardeais “papáveis”. Ninguém sabe se produziu (ou não) estragos ao processo de escolha ou até na trajetória dos citados. O certo é que o processo eleitoral seguirá conforme o previsto com o desprezo, pelo menos aparente, às divergências.

A eleição do papa chama a atenção pela tradição e peso de sua Igreja. O novo, representado pela cibernética e comunicação que vigiam o Conclave, funde-se ao tradicional e simbólico processo da fumaça – branca para aprovar e negra para rejeitar – a candidatura em análise no momento. A cor da fumaça, diz-se no meio, é o resultado químico da queima das cédulas, que a fazem clara quando a maioria dos votos depositados é pela eleição e escura quando a opção é pela reprova. As primeiras votações, realizadas na noite de quarta (7) e manhã de quinta-feira (8) terminaram na fumaça negra. As próximas votações seguirão diariamente até identificar o escolhido.

Nós, do meio militar, conseguimos compreender as questões hierárquicas que vigoram também na Igreja. Apesar de possíveis restrições e intrigas, todos os componentes do Conclave reúnem condições para o exercício da governança da instituição. Mas como a vaga é única, faz-se a eleição. Reservadas as diferenças institucionais, a dignidade dos que na Igreja chegam ao estágio de concorrer ao posto principal equivale à do meio militar, onde todos os candidatáveis ao comando e altos postos são igualmente preparados e qualificados à tarefa. Espera-se que, na Igreja e onde mais houver eleição, os próprios grupos tenham sensibilidade para designar o que lhes pareça mais adequado ao cumprimento dos objetivos, acima de interesses pessoais, ideologia, regionalismo ou quaisquer outras excludentes que só podem turvar sua imagem ou reduzir sua eficiência…

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

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