Não à direita e nem à esquerda. Pode ser aí o grande diferencial do papa Leão XIV, eleito e anunciado no final da tarde da última quinta-feira (08 de maio), no conclave que reuniu 133 cardeais católicos romanos de todo o mundo, para a escolha do sucessor do papa Francisco, que morreu no dia 21 ado. Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi confirmado no posto pela fumaça branca da chaminé da Capela Sistima, às 17h07 horas do Vaticano (13h07 de Brasília) e, no primeiro pronunciamento na nova situação, disse do seu propósito de conduzir uma Igreja pacifista e conciliadora e que sua gestão sirva para criar pontes que resolvam os problemas da própria instituição e dela com a sociedade mundial.
Prevost é o primeiro papa norteamericano. É o 267º ocupante do posto. Nascido em Chicado (EUA), ingressou na vida religiosa nos anos 70 e foi galgando postos e realizando missões importantes. Trabalhou a maioria do tempo no Peru, onde chegou o catolicismo e nos últimos anos ocupou posições destacadas no Vaticano. Tem dupla cidadania – norteamericana e peruana – e fala vários idiomas, inclusive o português. Esteve pelo menos duas vezes no Brasil e só não veio a terceira – para evento em Aparecida (SP), em razão da morte do papa Francisco.
A escolha repercute em todo o mundo. Chefes de Estado de diferentes orientações ideológicas, como Donald Trump e Lula da Silva o saudaram na esperança de que faça uma governança que coloque a Igreja no foro dos debates pelas soluções dos problemas mundiais, inclusive as guerras já eclodidas e as lactentes.
De nossa modesta posição – em relação aos grandes temas mundiais, cabe-nos torcer para que o novo pontífice e sua equipe tenham a competência e a sensibilidade capazes de colocar a Igreja Católica Apostólica Romana e o eu peso institucional a serviço da paz entre os indivíduos e as nações e que isso tenha como resultado o estabelecimento do bem-estar do povo, acima de posicionamentos políticos, ideológicos ou de quaisquer outras excludentes ou divisoras de grupos.
A posição centrista inicialmente demonstrada pelo novo papa tem tudo para contribuir com a estabilidade política e social das populações onde atua e, com isso, apoiar a baixa da temperatura no caldeirão das iniquidades e, muito possivelmente, incentivar outras instituições religiosas a também atuarem na construção de pontes para a solução dos problemas e estabelecimento de formas de vida mais sadias entre os povos.
Os cristãos somam 2,4 bilhões de seguidores, isto é, 33% da população mundial. Os católicos são 1,345 bilhão (cerca de 50% dos cristãos. Saudemos todos a Luiz XIV, na esperança de que incentive os demais segmentos religiosos – cristãos ou não – a trabalharem pela paz da humanidade. Se conseguirem, será um grande serviços…
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação d
e Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
Seja o primeiro a comentar sobre "Um papa distante dos extremismos ideológicos" 6b411k